segunda-feira, 27 de abril de 2020

Querido Diário

Querido Diário, caramba, faz tanto tempo...
Tanto tempo que a gente se fala.
Na verdade ja faz muito tempo que nao falo comigo mesma.
A ultima vez que escrevi foi em 2011.
Quase 10 anos depois tive 3 filhos e vivo uma vida de merda.
Meus filhos sao incriveis, sim, meus filhos são incríveis.
Mas nada aconteceu como eu tinha previsto.
 Aquela jovem cheia de energia, cheia de sonhos, promissora, se tornou uma velha gorda, cheia de estrias e cabelos brancos.
Que nao gosta de cozinhar, que nao gosta do marido, que nao gosta de muitas coisas.
Chata. Sem assunto. Desinteressante.
Procurando nos outros, do lado de fora, um assunto que possa ser desenvolvido.
Fui morar em Paris, que merda, quem diria que Paris é uma merda.
Pior do que Bangu com Coronavirus.
Me casei com uma porra de um pobre, nao so de dinheiro mas de vitalidade.
Faz 4 anos que nao vou ao Brasil. 4 anos que nao vejo meu pai, meus amigos, meus avos.
Que nao recarrego minhas baterias onde, um dia, achei que era a minha casa.
Me casei com um homem que além de nao me oferecer uma vida decente, nem a mim e nem aos meus filhos, é alguém com quem eu nao tenho vontade de compartilhar absolutamente nada.
Nao odeio ele. Também nao amo. É o pai dos meus filhos. É isso que é então, ter um pai dos filhos?
Alguém poderia ter me contado antes deu assinar essa porra de contrato?
Lembro de quando eu morava em Rio das Ostras.
Eu ja tinha conhecido esse excunjuro, mas ele nao era nada pra mim.
Eu tinha uma amiga, a Pomy. Ela era tao linda...
 A gente ria, se divertia, saia, bebia, tomava sol. Como a gente era linda.
Nao precisava de mais nada, a gente so precisava ser aquilo, jovem e linda.
E parecia que depois tudo ia dar certo so porque a gente era jovem e linda.
Eu beijava a boca de um moreno lindo, cheiroso, com perfume de piprioca.
Eu nao queria viver com ele, so queria beijar aquele homem lindo.
As coisas eram boas naquela época.
Nao tinha a França, nao tinha virus. Nao tinha morte. Nao tinha limbo.
Converso com meus filhos sobre a Teoria da Relatividade.
Jesus. Eternidade, imortalidade, fisica quântica.
Eles sao tao pequenos, mas eles têm que entender que tudo isso nao existe.
Quero acreditar que nao estou presa aqui, porque assim como Jesus, eu nao existo.
Nao existe o passado, nao existe o futuro e nao existe o presente.
E eu nao tenho que me deitar ao lado desse homem que eu nem sei se eu nao amo.
Queria comprar roupas novas, passear, ir na casa da minha avo.
Viver como se o futuro fosse bom e como se eu nao precisasse realmente me preocupar com isso porque estava tao longe.
Sem ter que me preocupar se vamos ter dinheiro pra pagar o aluguel.
Porque é claro, que se eu sair daqui, que é tao bom, que eu sou linda, jovem e tomo sol, nao é pra ir morar num pais excroto de gente excrota onde faz frio e eu nao tenho dinheiro nem sentido.
Uma das primeiras coisas que me chamou atenção aqui na França foi uma placa numa estrada.
Um lado tem escrito "Toutes les directions" e o outro "Autres directions".
Como podem haver outras direções além de todas?
Hoje é isso que eu quero encontrar, outra direção que nao seja as mesmas, todas, alguma outra solução que nao seja as obvias.
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*
A musica de hoje é Pernambucobucolismo
*
Eu vou fazer
Um movimento, amor
Uma canção pra inventar o nosso amor
Eu vou fazer
Uma revolução
Eu vou pra Londres, vou pra longe
Sei que vou
Onde luar
Não há igual aqui
Igual aqui não há
Outro lugar
Eu sinto bucolismo
Eu sinto bucolismo
Pernambucobucolismo
Eu vou fazer
Um movimento, amor
Uma canção pra inventar o nosso amor
Eu vou fazer
Uma revolução
Eu vou pra Londres, vou pra longe
Sei que vou
Onde luar
Não há igual aqui
Igual aqui não há
Outro lugar
Eu sinto bucolismo Eu sinto bucolismo Pernambucobucolismo Pernambucobucolismo






terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mercedes Benz


Faltando 10 dias pra virada do ano, é o momento de me fazer muitas perguntas. Observações.

Achei uma agenda dele de 2009, onde escreveu alguns pensamentos antes de ir me reencontrar no Brasil. Disse que estava angustiado porque estava muito apaixonado e sabia da delicadeza do sentimento. Que eu era uma pérola, que possivelmente era a mulher da sua vida. Tanta emoçao... Queria saber pra onde foi essa emoçao. Por que, se ele tinha tantas questoes sobre se seria digno desse amor, ja chegou com pedras na mão. Me pergunto por que os homens não conseguem fazer as mulheres felizes. Por que é tão dificil. Ontem fui a um desses jantares de franceses e conversando uma moça ela me disse que esta faz quatro anos com o moço, que sim gostaria de se casar mas que por vezes se pergunta se ele é o certo. Tentei explicar que a gente nunca sabe se é o certo, porque nunca é o certo. Eu amo o meu marido, mas eu o detesto também. Viver com ele me asfixia, mas não posso viver sem, se nos escolhemos é o destino que quer que fiquemos juntos e devemos nos adaptar.

Vi no jornal na TV uma cena na China que parece uma sintese dos nossos tempos. Uma camera registra os passantes. Uma menina de dois anos se perde da familia e anda no meio da rua. Vem uma caminhonete e passa com a roda por cima. O motorista para e percebe que atropelou uma criança. Passa com a outra roda por cima, mais uma vez, esmigalhando a pobrezinha. Apanhado pelas autoridades, ele disse que fez isso porque se apenas a atropelasse teria que pagar X mil dinheiros, mas se ele morresse teria que pagar menos da metade. Enquanto isso a menina, amassada no chao que nem patê, se estremece ainda viva. Varias pessoas passam do lado, por cima, maes com crianças, bicicletas, gente de todo tipo, ninguém para, ninguém se importa. Até que a mae da menina aparece e pega o que sobrou dela no chao, correndo pro hospital. Da pra ver que ainda sobraram pedaços pelo chao.

Fazendo uma outra leitura do meu mapa astral, descobri que preciso trabalhar a minha criatividade, de forma terapêutica. Se nao conseguir criar, nao vou conseguir ter filhos. Nao vou conseguir avançar na vida, nao vou conseguir um monte de coisas. Disse também que preciso do meu espaço, que nao consigo viver com marido. Disse que nao consigo ser fiel e disse mais uma porçao de coisas. Faz anos que nao desenho. Anos que nao crio nada, nadinha. Peguei papeis, lapis, canetas, recortes, tudo dormindo comigo na cama, pra ver se tenho um lampejo de vontade de vomitar alguma cor. Romain foi viajar com o pai e o tio, pra casa de campo. Gosto de ficar sozinha, tenho mais tempo para ser eu mesma. Nao sei se ainda vou conseguir criar em 2011.

Me pergunto de onde viemos e para onde vamos. Trabalho num dos maiores templos de consumo do mundo. Tenho vergonha de dizer pros clientes o quanto eles devem pagar por uma, duas, três peças de roupa. Mais do que eu ganho no mês inteiro. Mais do que seria necessario para varias familias comerem. Para investir num pequeno negocio, comprar um carro, abrir umas cisternas. Acho que as pessoas deveriam parar de ver televisao como se fosse a vida dos outros e entender que além de entretenimento também é um espelho, também reflete a vida deles. Tem partes de nos passando fome, tem partes que estao sofrendo de solidao, de abandono, de negligência, de sede, de vazio... Até que ponto tentamos eliminar o egoismo mesmo dentro da nossas relaçoes diretas, ao minimo ajudar o proximo bem proximo. Do jeito que as coisas andam, seria bom o mundo acabar. Esta fazendo 8 graus, fim de dezembro, Paris. Acho que esse ano nao vai nevar e acho que o aquecimento global ta de vento em poupa.

*
A musica de hoje é "Mercedes Benz".
*

"Oh Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ?

Oh Lord, won't you buy me a color TV ?
Dialing For Dollars is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh Lord, won't you buy me a color TV ?

Oh Lord, won't you buy me a night on the town ?
I'm counting on you, Lord, please don't let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh Lord, won't you buy me a night on the town ?

Everybody!
Oh Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends,
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So oh Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ?

That's it!"
*
*
*

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Inveja do pênis


*
Não sei porque você sempre me liga pra dizer que vai chegar. Por que simplesmente não chega?
*
Começo a perceber que os meus grandes motivos de insatisfação pessoal vêm da famosa idéia do "complexo de inveja do pênis", seja la o que isso for. Vivo cuspindo para mim e para o mundo que mesmo que eu não seja realizada profissionalmente eu tirei a sorte grande de encontrar "o amor da minha vida". Não sei o que encontrei e nem sei se estava procurando. Quando eu era pequena, a minha primeira vocação - por assim dizer - era pra ser cantora ou instrumentista. Fazer musica, como meu pai. Não sei se não tinha talento ou se não insisti. Fiz aulas, desisti, tentei novamente, desisti, por diversos motivos plausiveis. Dai entrou o primeiro marido na minha vida, com quem fiquei 7 anos. Não consegui aceita-lo porque tinha inveja dele. Começamos a competir, queria ser melhor do que ele e não consegui. Desisti, desisti, desisti de um montão de coisas. Não cheguei nem no inicio do caminho. Comecei a tentar imitar a minha mãe, começou a dar certo. Conseguimos trabalhar juntas e melhorar juntas. Dai eu conheci outro homem, casei novamente e resolvi ter inveja dele. Agora me vejo novamente perdida porque quero imita-lo, competir e tentar ser melhor. Não sei se quero por causa dele ou porque realmente poderia ter talento para o assunto. Como para os outros dominios em que eu imitava. E de tanta raiva de imitar começo a não conseguir mais rezar, por ter raiva de invejar o pênis de Deus. Não sei quem eu sou, pra onde e porque eu vou e passo a vida a tentar ser como os outros porque não tenho coragem de ir a fundo de mim mesma, tentar descobrir o que é que eu, euzinha poderia querer. Me sinto sem independência, frustrada, apatica. Volto a sonhar com fuga, fuga, fuga. Animais ferozes, maremotos, monstros. Fazia tempos que não sonhava que estava fugindo. Fazia tempos que não me via em uma situação que quisesse fugir. Não sei como me trabalhar para que eu seja eu mesma e pare de fugir so porque é dificil. Alterno entre a subserviência e a rejeição. Ou eu quero dar tudo, ou se não aceitar, me esquece. Gostaria de não ser tão radical. Gostaria de não mudar tanto de idéia. Gostaria de encontrar as respostas, mas eu nem sei quais são as boas perguntas. Gostaria de poder escrever coisas boas, positivas, exemplos. Aos 30 anos eu não sou um exemplo de nada. Sou alguém que "até tinha talentos", que "poderia ter conseguido de tentasse". Se tentasse o quê? No fundo sou uma covarde de marca maior. Vivo criando desculpas para abandonar de uma vez por todas os pontos em que estava. So gostaria de ser velha, de ja ter vivido, de ja ter passado, de saber que fiz a escolha certa.
*
Eu sei muito bem ter 3 relações sexuais por dia, mas sei também, muito bem, não ter nenhuma.
*
Se você me quiser, vai ter que me conquistar.
*
Estou cansada.
*
Fico aqui cozinhando essa minha raiva de você. Não sei onde isso vai dar. Hoje eu não tenho nenhum amor no coração, estou seca. Me afastando dos amigos, da familia, de mim. Não sei quem eu sou e nem pra que sirvo. Estou perdida, bagaço. Não chego a ter pena de mim porque nem pena eu mereço. Vão acabar me botando pra fora. Quero ir embora desse pais. Preciso focar agora, focar, focar, focar. Preciso marcar minhas cirurgias e esquecer essa idéia idiota de ser mãe. Arrancar os meus dentes, cortar os meus pés, triturar meu coração, me mutilar. Preciso de automutilação, poda. Preciso me podar pra ver se vou brotar na primavera.
*
Minha criatividade esta bloqueada, você bloqueia a minha criatividade. Eu era alguém muito mais interessante antes de você chegar, hoje eu sou o bagaço da laranja.
*
Preciso aceitar o silêncio e tentar criar, mas para dentro. Preciso voltar a fotografar. Preciso aprender a nadar. Preciso respirar. Preciso tratar da minha bronquite. Preciso parar de fumar de uma vez por todas. Preciso aprender a pensar com a minha cabeça. Preciso parar de me preocupar tanto, tanto com os outros. Preciso organizar a minha nova série de ginastica e ficar forte, ficar forte de dentro e de fora. Preciso ir embora dessa loja, preciso ir embora dessa gente, preciso sair desse pais e dessa cultura de merda. Preciso voltar a ser o que eu fui (o que eu fui durante alguns meses). Talvez eu precise fazer o caminho de santiago, talvez eu precise encontrar uma igreja. Preciso de liberdade. Preciso subir no quinto andar para tirar uma foto com Papai-Noel. Preciso encontrar um jeito de fugir dessa festa de Natal com a familia dele, que tenho certeza de que vai me deprimir. Preciso ligar pra todos os meus amigos queridos. Preciso parar de precisar da aprovaçao de meus maridos, pais, deuses. Preciso parar de querer ser aceita. Preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha. Porque se você parar pra pensar na verdade não ha amanha. Preciso saber se o mundo vai acabar ou se ja acabou e a gente nao percebeu.
*
A musica de hoje é "Teatro dos Vampiros".
*
"Sempre precisei de um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto.
E destes dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo:
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance.
Ninguém vê onde chegamos:
Os assassinos estão livres, nós não estamos.
Vamos sair - mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.
Vamos lá, tudo bem - eu só quero me divertir.
Esquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir...
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas possam se encontrar.
Quando me vi tendo de viver comigo apenas
E com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo, eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir
*
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim, não tenho pena de ninguém."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

when doves cry



Fazendo meu balanço pré-30... Pois é, chegou pra mim também. Faz tanto tempo que eu não escrevo e finalmente é isso ai, vou fazer 30. Eu, que comecei a escrever esse blog com 26 anos, ainda me lembro do momento em que comecei. No momento em que tive mais coragem do que nunca, no momento em que resolvi quebrar correntes e sair de um relacionamento frustrado, no maior estilo "qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz"... Naquela época eu ainda era jovem, agora parece que eu tô virando adulta, com todos os seus contratempos.

Dai eu fui morar na casa da minha tia, em Santa Teresa, me diverti horrores, vivi como uma adolescente, saindo com meus amigos, namorando, trabalhando no meu proprio negocio, livre, livre... Dai eu conheci um francês, um novo capitulo da historia. Dai eu resolvi abandonar a minha adolescência e a minha liberdade e enfrentar um novo mundo, além-mar.

Descobri um novo planeta: nova casa, nova familia, novo idioma, novos amigos... Sofri, cai, levantei, aprendi, chorei, enxuguei, sobrevivi. Vai fazer dois anos daqui a 2 meses, 2 anos nessa linda selva de pedra chamada Paris. Que antes eu detestava e hoje eu amo.

Aprendi a amar o meu marido, aprendi a detesta-lo também, todos os dias, todos os dias amando e detestando. Ele não é facil, eu também não.

Acho que no fundo eu continuo sonhando com o principe encantado, e continuo sonhando que o meu principe encantado seja o meu marido. É engraçado como as historias e situações se repetem, o tal do "museu de grandes novidades". Me cansa porque eu vivi precocemente todas as situações que hoje estou vivendo digamos, no momento certo. O que deveria me dar experiência de saber lidar com a situação me transforma numa velha chata dando conselhos a mim mesma: eu avisei...

Mais uma vez o meu marido esta viajando e eu me digo que me acostumei. Deveria me acostumar a ficar sozinha, mesmo porque eu fico bem melhor sem ele do que com ele. Porque, afinal, eu continuo naquele ciclo de achar que se ele esta feliz eu estou feliz, entao eu faço de tudo e mais um pouco para que ele, ele, ele, fique feliz e satisfeito com o seu dia-a-dia. Ele me cansa como uma criança com todas os seus questinamentos que nao tem e nunca terao respostas.

Perdi um bebê e me sinto um pouco chocada com o quanto isso me transformou negativamente. Fez com que eu me afastasse de Deus, que eu me sentisse de certa forma abandonada por um poder supremo que deveria me conduzir somente à coisas boas. Perplexa por perceber o quanto hoje eu nao queria esse bebê. Que encontrei um trabalho e que até gosto do meu trabalho, que espero uma promoçao e que um bebê so atrapalharia a minha vida. Espero nao me transformar em mais uma dessas francesas que pensam mais na carreira do que na familia.

ÀS vésperas do meu aniversario de casamento, às vesperas do meu aniversario de 30 anos, eu continuo sonhando com surpresas. Continuo querendo que num passe de magica todas as coisas se transformem positivamente, inclusive eu. Hoje me olho no espelho e nao gosto nem um pouco do que eu vejo por dentro. Não sei o que me espera em termos de amadurecimento. Quanto mudei desde que desci daquele aviao ha 2 anos atras... Eu era uma menina assustada e hoje eu sou uma mulher que defende seus direitos no grito. Mas de quê adianta gritar se ninguém escuta? Sinto que meu ano que vem vai ser um ano de distância e reflexao...

Acho triste pensar que apesar de ter vivido quase a minha vida inteira no Brasil sao poucas as pessoas de quem eu sinto saudade de verdade, pessoas que eu gostaria de ver frequentemente. Que hoje a maioria dos meus amigos estao aqui e que sao poucos os que eu posso telefonar em um momento de vazio existencial. Quanto mais as pessoas crescem, menos tem tempo para filosofias. Acho triste também que cada vez eu escreva menos, ainda mais porque esse sempre foi meu sonho. Quanto mais os anos passam, menos perto a gente fica dos nossos sonhos, quando sempre achamos que seria o contrario. Vejo que tenho que construir para mim mesma um exemplo, que tenho que ser o que eu gostaria de admirar. Um pouco frustrante e egocêntrico, com certeza. Acho que eu tenho me tornado uma pessoa sozinha e egoista.

Gostaria que meu marido sentisse saudades de mim e me tratasse como uma princesa. Ja pensei em arrumar um amante mas, honestamente, acho que me causaria mais problemas do que soluçoes.

Todos os meus planos para o ano que vem sao egoistas, todos ligados à trabalho, evoluçao intelectual, fisicos, consumistas. Acho mesmo que tenho me transformado em uma pessoa ruim. Nao sei se estou pronta para ser mae. Acho que meu marido também é uma pessoa ruim, mas pelo menos ele é ignorante, inocente. Ignorando a consciencia, evitando a filosofia, ao menos ele pode dormir com a consciencia tranquila. Acho que nao vai tardar o tempo em que vamos começar a ter que fingir que somos felizes.

Sinto saudades dele, mas acho que fico melhor sozinha, porque eu nao acho que ele sinta saudades de mim.

*

A musica de hoje é "When Doves Cry".

*
*
*
"Dig if u will the picture
Of u and I engaged in a kiss
The sweat of your body covers me
Can u my darling
Can u picture this?

Dream if u can a courtyard
An ocean of violets in bloom
Animals strike curious poses
They feel the heat
The heat between me and u

How can u just leave me standing?
Alone in a world that's so cold? (So cold)
Maybe I'm just 2 demanding
Maybe I'm just like my father 2 bold
Maybe you're just like my mother
She's never satisfied (She's never satisfied)
Why do we scream at each other
This is what it sounds like
When doves cry

Touch if u will my stomach
Feel how it trembles inside
You've got the butterflies all tied up
Don't make me chase u
Even doves have pride

How can u just leave me standing?
Alone in a world so cold? (World so cold)
Maybe I'm just 2 demanding
Maybe I'm just like my father 2 bold
Maybe you're just like my mother
She's never satisfied (She's never satisfied)
Why do we scream at each other
This is what it sounds like
When doves cry

How can u just leave me standing?
Alone in a world that's so cold? (A world that's so cold)
Maybe I'm just 2 demanding (Maybe, maybe I'm like my father)
Maybe I'm just like my father 2 bold (Ya know he's 2 bold)
Maybe you're just like my mother (Maybe you're just like my mother)
She's never satisfied (She's never, never satisfied)
Why do we scream at each other (Why do we scream, why)
This is what it sounds like

When doves cry"
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domingo, 5 de junho de 2011

But I still haven't found what I'm looking for...



Não me lembro quando foi a ultima vez que choveu por aqui, faz muito, muito tempo... Ano passado talvez. Agora tem raio, trovão, barulho de agua. Parece que sempre deveria ser assim, de vez em quando. O cheiro da chuva, o habito da chuva. Lembro de quando era pequena e as cores e os cheiros sentidos da janela da casa onde a gente morava. Eu amava tanto e filosofava tanto desde sempre que me lembro de cada detalhe como se fosse um sonho, como se fosse matéria-prima de todos os sonhos que terei a vida inteira e por outras vidas também. Me lembro muito, muito, de todas as cores do céu.
*
Ele sabe que eu estou pensativa e não se importa, continua olhando a televisão. Ele me pergunta o que estou pensando olhando pra televisão. Ou seja, ele não se importa. Normal.
*
Depois de um domingo em que eu não sai pra trabalhar, mas que trabalhei para oferecer um bom almoço para os nossos amigos, me estico na cama. Trabalho amanhã cedo novamente. Estou cansada. Os trovões estão fazendo bastante barulho, muito louco isso, esses trovões nessa cidade cinza que finge que é bonita.
*
Tenho uma amiga que acabou de dar a luz, dia 28. Dar a luz é uma expressão muito bonita. Ela botou mais um ser humano no mundo. Fico pensando como seria se não tivesse perdido o bebê.
*
Minha barriga iria crescendo aos poucos, e com a barriga os sonhos, os planos, as mudanças na casa. Reorganização dos moveis, talvez a gente poderia colocar a cama na sala, fazer do nosso quarto um cantinho especial pro baby, se apertar e reoganizar. Eu talvez pudesse ter usado o meu tempo para estudar um instrumento, aprender a falar uma outra lingua, pensar no que eu faria depois do nascimento dele. Romain estaria feliz, ele me acompanharia em tudo, faria o possivel para me ajudar até com a casa. Eu sairia com as minhas amigas para comprar o enxoval. Todo mundo me enviaria mensagens, boas energias. Aos poucos eu me prepararia para o dia D. Seria um menino, eu acho que seria um menino. Ele iria mudar a minha vida. Eu iria pra maternidade, a minha mãe poderia ter vindo do Brasil pra ficar comigo. Seria parto normal, sem muitas dificuldades. Escutaria seu choro pela primeira, vez, tocaria suas maozinhas, seu olhos lindos iguais do pai, cheio de saude. Ele mamaria feito tivesse com toda a fome de quem acabava de chegar no mundo... Tirariamos muitas fotos. Seria um momento incrivel. Lindo, perfeito. A gente viria pra casa, eu receberia muitas flores. Todo mundo ia ficar feliz, nos ficariamos muito felizes. A gente podia passar uns dias em Bonnières, pra ficarmos quietinhos. E aos poucos a gente iria descobrindo como seria a vida, a nossa vida, a vida de verdade, o futuro.
*
Amanhã vou acordar cedo, fazer meus abdominais, depois vou pra academia, tudo rapido, tudo correndo. Depois eu vou preparar minhas coisas pra trabalhar na Galeria Lafayette. Espero que esteja vivendo o passado. Não quero nem pensar em ter filhos agora. Vai vir quando tiver que vir.
*
Ele continua me perguntando o que eu estou pensando, mas olhando pra televisão.
*
*
*
A musica de hoje é "I still haven't found what I'm looking for..."
*
"I've climbed the highest mountains
I've run through the fields
Only to be with you
I've run I have crawled
I've scaled
These city walls
Only to be with you
*
But I still haven't found
What I'm looking for
*
I've kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire
I've spoken with the tongue of angels
I've held the hand of the devil
It was warm in the night
I was cold as a stone
*
But I still haven't found
What I'm looking for
*
I believe in the Kingdom Come
Then all the colors will
Bleed into one
But yes I'm still running
You broke the bonds and you loosed the chains
You carried the cross
And my shame
You know I believe it
*
But I still haven't found
What I'm looking for"
*
*
*

sexta-feira, 3 de junho de 2011

You're so beautiful but oh so boring...


Vou fazer 30 anos. Hoje sou vendedora da Galeria Lafayette e não, não é uma piada... Não que eu me sinta diminuida por isso, não posso dizer que estou infeliz nesse ponto. Como dizia Pessoa "Não sou nada, nunca serei nada...". Me sinto parte de um todo. Me sinto util sim, sinto que faço muito bem o meu trabalho e que posso melhorar ainda mais. Ganho uma miséria para o mercado. Mas trabalho para uma super marca, encho a boca para falar. Quando eu conto para os amigos do meu marido que eu sou vendedora eles me olham com cara de pena. Eu deveria fazer o mesmo quando me dizem que são musicos ou fotografos, artistas. Bato ponto, tenho salario, vale-refeição, seguro-saude, plano de previdência. Essas coisas inuteis que todo mundo precisa. Me sinto, finalmente, fazendo parte da massa, ou seja: não sou nada. Não é exatamente o que eu previa quando comecei a escrever esse blog, exatamente quando decidi me separar do meu ex marido. Quando postei uma foto de flores do campo que hoje sei onde brotam e como se chamam. Eu não sabia que o principe ia virar um chato que vive dando no meu saco. E que quem sabe a vida é não sonhar... É, eu so peço a Deus um pouco de malandragem.

Escolhi essa vida. Escolhi esse cara cheio de qualidades e defeitos como marido, escolhi Paris-city para morar. Tive que me acostumar com muitas coisas para entrar no mundo adulto, muitas coisas. Acho que de certa forma a vida é isso: ver um negocio que poderia sim, ser seu sonho, vivê-lo como sonho, descobrir que nao era isso mas se acostumar, fingir que era. Tentar ainda ter o mesmo brilho nos olhos quando contar a mesma historia duzentas vezes. Ainda nao me cansei dos velhos sonhos.

Como Raquel, ainda quero ser menino, ser adulta e ser escritora.

Eu tento ve um pouco o futuro, insisto em vasculhar o meu horoscopo tentando ler as entrelinhas. Nao, nao é possivel que a minha vida seja isso, casada com um cara que nao me entende (nao foi sempre assim?) e vendedora da Lafayette. Nao, nao é esse o meu futuro, nao é isso futuo nao! Futuro é um negocio que a gente acha que tem cara de final. Meu casamento com Romain foi futuro. Lindo. Mas hoje nao, hoje é passado. Hoje eu tenho que mentir pra ele, dizer que sai com as minhas amigas porque ele ta viajando. Ele é um marido que quer que eu saia... Eu quero ficar em casa com os meus pensamentos, o meu silêncio, as minhas musicas (que euzinha escolhi pra tocar). Filosofar, tomar garrafa de vinho velho, tentar responder os meus emais e facebook... Amanha é sabado e eu vou trabalhar. Meu marido foi viajar. Mais uma vez eu me casei com um cara que nao a nem ai pra mim e pra quem eu preciso mentir.

Ei nao acho que existam homens diferentes disso.

Romain é chato, chato demais. Ele é infantil e desinteressante. Semana passada disse a ele que nao estou mais apaixonada. Ele quase teve um troço, fingiu nao acreditar. Joguei a culpa em cima de mim, de certa forma, e ele continuou como se nada tivesse acontecido. Sera preciso ficar so pra se viver? So pra se viver? Eu gosto dele. Acho ele bonito. Mas também achava Emerson bonito, do jeito dele. Romain é um cara bom, de alma boa, que nao faz nada por maldade, assim eu o perdoo sempre. Mas eu gostaria de nao ter que ligar pra ele amanha. Hoje eu me sinto suficientemente livre para viver uma vida paralela a ele. EU sempre achei que ia conseguir encontrar um amor ideal, ao ponto de conseguir viver a vida junto. Mas parece que isso nao existe: tem que viver paralelo. Eu gosto dele, mas tenho que guardar uma certa distância. Acho que isso é uma hipocrisia ridicula.

Pensei em arrumar um amante. Mas nao tenho coragem. Acho que isso nao ia ajudar nada, so ia prejudicar as coisas. Eu nao sou hipocrita, nao ia conseguir dormir com ele fingindo. Preciso focar na minha carreira, seja ela qual for, aprender a ser menos espontânea e romântica (qui nem qui os adultos) e ter filhos. Isso sim deve resolver muitas coisas. A gente cria uma obrigaçao enorme de aceitar mais ainda as paradas. Eu acho que ele é um largado, um fracassado, um adolescente perdido. O fato de eu nao reconhecer nele um homem piora muito as coisas. Ele me cobra e eu nem tenho vontade de responder. Nao sei como vou conseguir resolver essa situaçao, porque eu nem tenho medo dele como tinha do outro. Tenho vontade de rir quando ele me cobra. Estou perdendo cada ver mais o respeito, esse respeito do cara ser maior que eu. Tô cheia de voz, sabe... Respondendo os amigos dele... Estou perdendo o medo de ser rejeitada. Isso é foda... Parece que a minha personalidade esta crescendo. Nao sei onde isso vai dar.

Nao sei se vou fazer planos pros meus 30 anos. Nao sei se os planos vao me ajudar em alguma coisa. Eu quero encontrar onde focar e focar. Pedacinho por pedacinho. SInto que vou começar mesmo a viver quando tiver uns 70 anos. E eu lembrar de tudo isso como uma grande piada. Acho que vou ser a vovo mais feliz do mundo. Tranquila, com os maridos todos mortos, escrevendo, viajando, fazendo bolo, indo encher a paciência das vendedoras das lojas. Livre e intelegente, filosofica. Isso, meu desejo mesmo é ser uma vovo filosofa. Dentro de uma sala cheia de livros meio bagunçados mas que eu sei bem onde estão. Desconectada com o passado. Tranquila.

Eu sempre espero simplesmente que o tempo passe. O tempo sempre acaba resolvendo tudo.

*
*
*
*
*

A musica de hoje é "So beautiful", Simply Red. Tão lindo, mas tão chato...

"I was listening to this conversation
Noticing my daydream stimulated me more
I was crumbling with anticipation
You'd better send me home before I tumble down to the floor

You're so beautiful but oh so boring
I'm wondering what am I doing here
So beautiful but oh so boring, I'm wondering
If anyone out there really cares
About the curlers in your hair
My little golden baby, where have all your birds flown now?

Something's glistening in my imagination
Motorvatin' something close to breaking the law
Wait a mo' before you take me down to the station
I've never known a one who'd make me suicidal before

SYou're so beautiful but oh so boring
I'm wondering what am I doing here"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

tente outra vez



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Ta certo, estou voltando a escrever no meu blog. Como ja disse antes, eu tentei criar um outro. Coitado, ficou abandonado. Acho que blog é como a vida, a gente tem que seguir em frente, continuar, independente de qualquer coisa. Não adianta ficar tentando mudar. Mudar de blog é o mesmo que mudar de endereço: a essência continua a mesma. Não vou mudar, fico por aqui.
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Diz que preciso escrever sobre as coisas que estou vivendo em Paris. talvez eu deva... Sabe, voltei a escrever compulsivamente no papel. Resolvi não botar mais data, escrevo pensamentos soltos, sem ordem, sem inicio ou fim. Percebo que não faz tanta diferença a data, pois continuo pensando mais ou menos as mesmas coisas, tendo mais ou menos as mesmas reflexões filosoficas. "Eu vejo um museu de grandes novidades".
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Eu não gostei muito de Paris, não gostei de ficar longe da minha familia e dos meus amigos. Aqui eu fiz e estou fazendo novos amigos, Deus gosta dessa coisa de agregar. Agradeço ao gênio que inventou a internet, assim posso diariamente fuxicar a vida dos meus amados. Imagina mudar de pais, 10 anos atras? Caos total. Sou uma abençoada da nova geração, das novas tecnologias.
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Agora eu ja falo Francês, é menos um problema. Mas não significa que não tenham outros. Diziam que eu ia me encontrar aqui, é o que estou fazendo: me procurando. Não quero viver no automatico. Esse ano faço 29, 30 no ano que vem, chegou o momento de me encontrar. Parei de tomar pilula faz 2 meses, quero ser mãe. Agora de verdade, agora eu quero e o pai também. Estamos felizes com a decisão, estamos bem empolgados com a idéia de gerar um baby. Mas tento não pensar muito nisso, mês passado fiquei ansiosa e deprimi quando a minha menstruação veio. Preciso deixar que Deus faça as coisas no momento em que Ele achar certo, e não eu, afinal Ele é o cara.
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Segunda vou começar num trabalho indicado por Romain, ajudando na parte de acessorios do filme. Tô tão empolgada com a idéia...! Era bem o que eu queria, com a equipe que eu queria trabalhar. Espero que tenha competência suficiente para que eles gostem do que eu fizer, seja la o que eu tiver que fazer. É uma esperança de não ter que voltar a trabalhar com moda (não tô muito afim...), uma esperança de descobrir absolutas novas possibilidades, de recomeçar, de trabalhar com gente pra cima, do bem, de descobrir um meio em que as pessoas se divertem enquanto trabalham. Romain é tão feliz com o trabalho dele... Acho que eu podia ser talbém, né? Vamos ver, vamos ver.
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Estou aproveitando essa entre-safra para escrever muito. Terminei meu livro sobre os meus 7 anos de relacionamento com o falecido. Acho que ficou bom, bem bom até. Mandei os textos pra mammy, pra ela revisar, reescrever, editar. Pro fim do ano deve estar pronto pra eu começar a prospectar editoras. Comecei a escrever outro, baseado em um sonho alucinado que tive. Uma espécie de conto de fadas erotico, sobre um cara que troca de corpo com um cavalo. Ta bem divertido. Tinha me comprometido de escrever 5 paginas por dia. Mas como é dificil! Dificil demais! Por mais simples que pareça a historia, as paginas nao crescem, a inspiração não vem... Mas vai vir. Eu rezo muito para que Deus abençoe meu escritos, porque é a unica coisa da qual eu sempre tive certeza na vida.
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Meu casamento é lindo. Meu marido é lindo. Hoje estava relendo as minhas postagens sobre ele, sobre quando a gente estava se conhecendo... Elle mudou tanto e continua tanto o mesmo... A gente se implica, se detesta, se ama, não se separa de jeito nenhum. Ele é o homem da minha vida, o amor da minha vida. É com ele que eu quero me deitar no nosso tumulo. Quero ter filhos junto, vê-los crescer, ter netos e vê-los crescer, ter bisnetos... Eu quero dividir com Romain absolutamente todos os momentos da minha vida, ainda que ele me encha muito a paciência como todos os homens. Me sinto realmente com muita sorte por ter encontrado o amor da minha vida, muitas pessoas passam a vida buscando e não encontram. Eu o amo, mais do que nunca posso dizer que eu amo alguém. Nunca senti isso por ninguém. Incrivel, e esse cara por quem eu sou tão apaixonada é o meu marido, ele também é apaixonado por mim. Genial.
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Resolvi que não devo pensar em voltar pro Brasil agora. Temos que ficar aqui. Tenho que aproveitar a chance de morar fora para aprender. Melhorar meu curriculo, aprender uma profissao. É aqui que eu tenho que encontrar o meu caminho de uma vez por todas. Estou de saco cheio de 2009, quero que esse ano acabe logo. Acredito que ano que vem sera 10 mil vezes melhor, mais ativo, mais energético. Estava triste, hoje estou ansiosa. Quero que o futuro chegue logo. Quero tentar outra vez, e com mais afinco do que nunca! Quero ser feliz de forma completa.
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A musica de hoje é a energética "Tente outra vez".
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"Veja
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!
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Beba
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou
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Tente
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
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Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
Bailando no ar
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Queira
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Tente outra vez"
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