quinta-feira, 3 de julho de 2008

Moringa


MORINGA

Anibal Beça ©


Rego tua língua fresca
com água de sílabas
enquanto pétala de argila
um alfabeto sua poroso
no barro da palavra.

Boca de argila furtiva
carregas um deserto
na aridez do desejo
mas é dentro de ti
que brota o silêncio do cacto.

Falo do meu oásis
(envenenada miragem)
bebes e matas tua sede
samaritana
suicida
saciada.

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