Parece que tudo são flores, meu blog ultimamente anda até monótono. Parece que estou tão feliz... Parece? Sei lá, às vezes acho que parece, às vezes acho que não. Continuo morrendo de medo de assumir que estou feliz. Que estou plenamente feliz. Porque estou, sabe? Romain é o homem com quem eu quero viver o resto dos meus dias, ou pelo menos os próximos 10 ou 20 anos. Não me vejo com mais ninguém tão cedo. Tá certo, tive minhas dúvidas (até bem recentemente), mas agora não tenho mais. Ele me passa muita segurança, muita. Ele me faz ter muita certeza do que quer e a certeza dele é traduzida na minha certeza. Gosto dele, o amo. O tema parece monótono: o amor. Mas não é o que todos buscam? Eu também. Continuo buscando o amor. A loja está linda, está indo bem para o primeiro mês, lógico que isso me preocupa. Mas como sempre nos últimos anos, continuo passando a mão na barriga. Continuo ansiosa para o dia em que essa barriga será preenchida com um lindo bebê. Quero que o Romain seja o pai. Ele é a pessoa que me escolheu e que eu aceitei essa escolha. Queria tanto ter uma certeza plena da certeza plena dele. Continuo com o problema do tal do Atlântico. Nos falamos todos os dias, eu-te-amo-muito todos os dias. Mas só terei certeza plena de que os meus sonhos são realidade quando estiver dentro do avião, até lá tudo pode acontecer.
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Eu, logo eu, a gata borralheira. De pézão 39. Nunca teve sapato de cristal pra pé 39. Príncipe algum bateu lá na minha casa. Sempre de avental, vassoura na mão, limpando casa, fuligem. Trabalhando feito uma mula. E quem diria, prestes a me tornar a Madame Bovy. Prestes a me casar com um cineasta francês. Alguém acredita? Que a gata borralheira de São Cristóvão vai morar em Paris? É, eu também não. Até pra tentar dar uma amenizada nisso, pedi a ele que não morássemos em Paris agora (?) que fôssemos para Bonnieres, onde ele tem casa, 100km de Paris. Ele disse que em 3 semanas está tirando tudo do apartamento dele e levando para a casa onde iremos morar, que organizaremos tudo juntos. Um vilarejo na beira do Rio Sena. Alguém acredita? É, então, eu também não. Tá tudo bom demais pra ser verdade.
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Um homem lindo, sensível, que lê meus pensamentos. Com defeitos, como todos os seres humanos (é bom frisar e respeitar), com as possibilidades humanas de geração de problemas. Artista, arquiteto, fotógrafo, cenógrafo, cineasta. Sabe a lista do super? Praticamente preenchida, e preenchida nos pontos essenciais. Também não estou acreditando.
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Diz ele que quer se casar comigo. Acho bonitinho eu assinar "Gabi Robaine Bovy". Não só não se importou, como me deu força. Será que dessa vez eu me caso mesmo? Será que apareceu um príncipe capaz de me encarar assim, de cara pro juiz, de cara pra Deus? Vamos ver. Gostaria de me casar antes de ter filhos. Quero papel passado, não quero mais assinar "solteira". Sempre me incomodou isso. Quero ser a Senhora Bovy, Madame Bovy. Quero ter orgulho de ser esposa dele. E quero me casar na igreja. Nem precisa ter festa. Só a gente, meus pais, os padrinhos e a bênção da minha Igreja. Ia ficar muuuuito feliz. Pra mim seria imensamente suficiente. Eu o amo e quero que nosso amor seja abençoado.
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Será que finalmente a gata borralheira vai casar?
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Saberemos os próximos capítulos logo no início de março. A passagem dele é para o dia 19. Vou começar a correr contra o relógio, pra organizar tudo antes de viajar. Por mim a gente só fica aqui tempo suficiente para correr os papéis, se tiver algum papel (?). Eu o amo e não tenho nenhuma dúvida. Quando estiver na França eu falo sobre os sinais que me fazem ter certeza de que devo seguí-lo. Que ele é o meu homem. Que eu sou a mulher dele. Que devo amá-lo para sempre. Até que a morte nos separe (?). Que assim seja.
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Ele me disse que está deixando um filme no meio pra vir pra cá. Pediu licença do trabalho, acredita que vir aqui me buscar é o mais importante a ser feito no momento. É? Fico lisonjeada. Importante, né? Recusar trabalho... Ele deve saber o que faz. Fiquei mais feliz. Temos conversado sobre sermos adultos e responsáveis sobre nossas decisões. "Its my choice". Tô feliz. Tenho mais certeza ainda sobre o que estou fazendo.
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Pra ilustrar, uma música linda que ele me mandou, "Sing for you", da Tracy Chapman. Incrível como ele é tão lindo e romântico que me faz parecer uma ogra. Tomara que tudo isso seja verdade... Essa música me lembra ele dirigindo e eu deitada no colo dele... Lindo.
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"One, two, .. one, two, three, four
Sweet and high at the break of dawn
Simple tune that you can hum along too
I remember there was a time
When I used to sing for you
I used to sing for you
Knew all the words to the popular songs
With the radio on full volume
I remember there was a time
When I used to sing for you
I used to sing for you
Forget the chorus, you’re the bridge
The words and music to everyday
I’ve lived There’s nothing, I wouldn’t give
For one more time, when I can sing for you
Soft and low when the evening comes
Holding you, sleeping in my arms
I remember there was a time
When I used to sing for you
I used to sing for you"
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Eu amo o Romain.
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Um comentário:
oi coisa linda !!! nao tenha medo da mudança ...pensa na musica .. tudo tudo tudo vai dar certoooo
beijos no seu coração
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